Não somos exceção. Na cadeia alimentar existem os predadores e as vítimas. E quando um grupo não quer servir de almoço para outro, precisa tratar de se defender. No caso brasileiro, nossa tradição patrimonialista estabelece que, entre os grupos políticos que disputam o poder, um deles se forma entre os aventureiros da política que se unem em torno de projetos para usar o Estado para proveito próprio. No Brasil, estes grupos tem levado vantagem na medida que não tem escrúpulos e, no melhor espírito pirata, “para ganhar a eleição vale tudo.” O PT reuniu os partidos mais gananciosos e vorazes para formar sua sucia de aventureiros que avançaram sobre o país como uma horda de Hunos. Incapazes de criar riquezas de forma legítima, incapazes para empreender e produzir, seu talento foi posto à serviço da pilhagem do Estado.
Uniram-se, inspirados pelos atuais piratas do Caribe, os irmãos Castro e o regime cubano, com o propósito de se apossarem do Estado.
Este grupo de alma bucaneira se organizou dentro de um partido que prometia moralizar e “mudar tudo o que está aí”: o PT (Partido dos Trabalhadores), mas não hesitou em “fazer o diabo” para tomar o poder e, depois, usá-lo sem peias, sem ética e sem freios.
O discurso moralista não passou de um biombo para enganar a sociedade e manter o controle do Estado. E como a sociedade brasileira não se mostrava disposta à entregar-se para ser tosada, o lulopetismo desenvolveu a grande estratégia: cooptar e conservar um cinturão de aparência multipartidária com base no fisiologismo dos “300 picaretas” que Lula proclamava existirem no Congresso.
E foi assim que o lulopetismo saiu à cata dos políticos corruptos, gananciosos e venais.
Logo os encontrou. Políticos corruptos no Brasil são tão numerosos como aleluias em agosto: pode-se pegá-los em baciadas. E estes insetos políticos já chegavam prontos para servirem como capachos do projeto petista de poder.
A lâmpada que os atrai não é outra senão aquela explicada pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, o Ministro Joaquim Barbosa, referindo-se à maioria dos políticos: “dinheiro, dinheiro e dinheiro”.[1]
E assim começou a grande pilhagem. Assim começou o saque desenfreado ao país. Convertidos em nuvens de gafanhotos, a ordem era devorar o que aparecesse. Nada era sagrado. Ainda menos a grande vaca sagrada, a Petrobrás. Esta foi escalada para ser esfolada viva. Tossindo ou não tossindo. Um espetáculo de hecatombe bíblica, de desvios monumentais em volume nunca visto. Nem empresa nenhuma, nem em país nenhum.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes é de opinião que o PT tinha o “plano perfeito” para se “eternizar” no poder, mas que a Operação Lava Jato, “estragou tudo”.
Mendes deu a declaração após participar de seminário na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em setembro de 2015, na capital paulista.
Na avaliação do ministro, que em votação no Supremo se posicionou a favor do financiamento de empresas em campanhas eleitorais, o PT é contra esse tipo de doação porque o partido conseguiu em propinas dinheiro para disputar as “eleições até 2038”. “E deixariam os caraminguás para os demais partidos. Era uma forma fácil de se eternizar no poder”, afirmou o ministro.
“O partido já tinha esse dinheiro. Estava captando, como vocês sabem, nesse modelo que está sendo revelado da Lava-Jato. O que atrapalhou todo esse projeto, que era um projeto de consolidação do grupo do poder, no poder, almejando a eternização? O que atrapalhou? A Lava Jato. A Lava Jato estragou tudo. Evidente que a Lava Jato não estava nos planos. O plano era perfeito, mas não combinaram com os russos”, opinou o ministro.
O ministro também afirmou que o esquema investigado pela Lava Jato revela um “modelo de governança corrupta” que, para ele, pode ser chamado de “cleptocracia”.
Para sorte do Brasil, o PT desprezou solenemente máxima: “a esperteza quando é muita, vira bicho e come o esperto”…
Ceska – O digitaleiro
[1] Barbosa, Joaquim – http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/o-que-a-maioria-dos-politicos-quer-e-dinheiro-dinheiro-dinheiro-acusa-joaquim/ – Novembro de 2015