Lula e o Vaso Chinês

 

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Lula mesmo disse que é agora só um “Vaso Chinês”. Ele elegeu um poste e acha que agora elege um vaso? Tá tudo muito doido.
  • Lula e o Vaso Chinês

O Lula é finório de papo e, de prosa, muito bom,

tanto que garante, na conversa vaidosa, que o país não tem “alma mais pura”,

só que o maroto de sempre fez do Brasil sua troça e de nosso futuro sepultura;

Moleque, comia calango cozido no ensopado de jerimuns,

depois, já em “Sum Palo,” tomou gosto em usar o gogó e tapear o povo sofrido,

se fazendo de grande amigo nos discursos de paletó;

Competente prometedor de vício antigo, prometeu tudo de baciada.

Promessa fez de montão, mas era tudo fantasia

de uma falador que se fazia de Patativa do Garanhuns;

Demagogo caviloso e muito esperto, um jagunço redivivo,

sempre foi imbuído da mais pura desfaçatez.

Enganou gente com fome e deixou amargurado quem pensou que teria vez.

Rei da “istripolia”* tenebrosa, foi um presidente comodista.

Querendo, tudo podia, posto que tinha o poder da nação,

mas todo dia mentia e, por sua gente, não se atrevia nem um tiquinho não;

Homem tosco e de pouca cultura, à beber sabedoria ele preferia uma boa pinga,

o cabra tinha medo de livro e do saber corria feito o diabo da cruz,

porém lábia tinha muita sobrando e ludibriava o povo como ninguém;

Com seu talento maneiro e um traquejo verbal colosso,

tivesse sido homem digno, ou mesmo um poeta de tabuleta,

teria enricado e virado santo só fazendo rima e caçando “barbuleta”.

Mas sendo um insensato que pela ambição foi picado,

vendeu fiado sua alma ao capeta e logo trocou tudo e fez errado:

meteu os pés pela mão e, aloprado, “Cantou cá” o que devia “Cantar lá”.

Tivesse sido fiel a seu berço, ao seu povo e sua nação,

tivesse refreado, só um pouquinho, sua insana ambição,

teria sido, se fosse bom e honesto, o grande presidente da redenção.

Mas, qual nada, era fraco de caráter e gostou do encosto macio.

Se cercou de puxa-saco e zuniu de avião a jato, movido à corrupção.

Virou um “bon vivant”, liso como quiabo, esperto como o diabo e malandro como o tiziu.

Lula, cabra indomado, vaidoso e arrogante, se deixou cair em tentação.

Deu uma banana malvada, rasteira e desalmada, ao seu povo sofrido,

que só teve consolo num bolsa família de ralas migalhas de humilhação.

Mascate de ilusões tarimbado, Lula pegou na mão o que pode,

enricou ainda mais os ricos e mandou dinheirama até para outras nações,

mas o Brasil, pobre coitado, além de pagar a conta, ficou na pior condição.

E diferente do Patativa do bem, que cantou as mágoas de quem pouco tem,

esse embusteiro terrível só queria mesmo levar vantagem

e, para dizer a verdade, nunca foi leal a ninguém.

Agora, o país lastima o tanto de dinheiro roubado no governo dele e da Dilma,

enquanto falta hospital e falta tudo mais na sofrida “classe matuta”,

“que nem em sonho mais desfruta as riquezas do Brasil”;

Lula, se acaso fosse mesmo verdade que ele nada sabia,

como repete, com monotonia, o seu surrado refrão,

seria pior que um mau vigia que abre a porta da casa para deixar entrar o ladrão;

Todos sabem que um corno só é enganado se for frouxo ou bobalhão.

Se roubaram nas suas barbas fortunas de muito milhão,

além de ser condenado, merece uma surra de vara do sofrido povo do sertão.

E nosso triste nordeste, ainda mais empobrecido e calcinado,

outra vez foi logrado sem a menor contemplação,

e, decepcionado, ficou ainda mais “nordestinado” depois deste sonho de verão.

E se pensa, este traíra, viver de luxo no bem bão,

o velhaco se engana total e completamente. Que bote as barbas de molho

que desta vez não escapa das grades da prisão.

E agora, desmascarado, que sabe não ser mais nada,

que desceu do pedestal, que é réu na Lava Jato da Justiça Federal,

ainda vive se iludindo com o poder que já não tem mais;

Quer de novo, este tratante, voltar a ser presidente,

dizendo, na cara dura, que vai arrebentá e prendê. Mas ele está muito enganado,

pois seu prestígio é do passado, tal como foi do passado sua força e seu poder;

Ao povo brasileiro, este sujeito matreiro, nunca mais engana não.

E se ainda tivé povinho prá acreditá na sua enganação,

o santo padinho Ciço vai mandá todinho ele para a eterna danação.

Mas pretensão é pior que bicheira prá apodrecê coração.

Esta vontade traiçoeira de mandá no povo de novo e que faz coceira na sua língua,

só precisa um gole de pinga prá desandá em falação.

Mas a um povo inteligente só se engana uma só vez;

Lula, por isso, disse ao Moro, falando de sem pulo, sem saber bem o que fez:

Eu já não sou mais presidente. Agora eu só sou um “Vaso Chinês”!.


 Ceska – O digitaleiro


(*) As expressões e frases em itálico foram inspiradas em poesias de Antônio Gonçalves da Silva, poeta e trovador cearense conhecido como “Patativa do Assaré” (1909 – 2002).


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